domingo, 31 de dezembro de 2006

Tipicos, deliciosos e incriveis

Toda cidade tem suas comidinhas tipicas e delicias que a gente so encontra naquele lugar. Mas a Argentina para mim e especial. Um dos melhores momentos da viagem e quando estamos sentados numa mesinha de um restaurante qualquer comendo e bebendo ( ai que esbornia!)A lista dos tipicos e deliciosos e enorme...mas aqui vao uns dos principais: fogazzeta: aquele tipo de pizza com massa fofa, muito queijo, jamon, cebola ate falar chega! E pra mim uma das melhores coisas da humanidade.Flan con Dulce de Leche: nao ha nada igual! Tamal: uma comida tipica do norte feita de milho com batata e carne moida. Vem numa palha de milho e parece um "pamoinha". Empanhadas saltenhas: nem adianta falar, as empanadas de salta sao as melhores de todas! Sao assadas e tem batatinha dentro. Como todo dia! Locro: e feito uma sopinha de milho e porquinho. No frio e tudo! Argentina tem cabrito, tem assado, batatinhas temperadas, incrivel.Mas os aplausos vao mesmo para as cervejas de litro: Saltenha e Nortenha...que nao acabam nunca! Sem falar da Penha: um costume da regiao, que e vc sentar num bar a noite, comer tudo isso, pagar barato e ter uma pessoa cantando as musicas tipicas da regiao. O Ro disse que eu vou acabar com os recursos do pais dele! ai que delicia...

El Perro Cabeza



Ha dois caminhos que ligam Cafayate a cidade de Salta: uma estrada asfaltada e uma outra de terra, serra, penhascos, montanhas, perigo e etc...Escolhemos a segunda, claro! No meio da viagem paramos para olhar uma igrejinha que havia ali na estradinha. Logo que paramos o carro, varias criancas surgiram do nada e cercaram o carro querendo conversar. O Ro perguntou se havia alguem ali dentro da igrejinha e um deles respondeu. "Sim, a virgencita"!. E depois olhou o Ernesto dentro do carro e gritou: "Um perro cabeza"!!!!
Perro nessa regiao se pronuncia "pejo". E viajar com o "Pejo Cabeza" tem sido incrivel. E quem realmente fica passado com o Pero cabeza sao os donos dos hoteis. E sempre a mesma coisa. Quando perguntamos se o hotel aceita cachorro, as pessoas dizem, "ah sim, se ele e pequeno, se nao sobe na cama, nao tem problema". E a gente tem que falar que na verdade Ernesto nao e tao pequeno assim. Ai fica aquele momento chato ate que a pessoa resolve ir ate o carro para ver o Perro. Tinha que fotografar a cara das pessoas quando elas olham para o Ernesto, com aquele cabecao, de franjinha e a narizota preta.!! As pessoas levam um puta susto! Nao entendem como aquele cachorro tao grande (parece que ele cresceu mais ainda!) pode vir de tao longe. Mas depois deixam a gente ficar e acabam se encantando com Ernesto, quando descobrem que ele e grande, mas desastrado e covarde!Ai dizem..."Ai...pobrecito, que hermozo este perrito". E assim vamos... Ernesto ja passou pela imigracao da argentina, da Bolivia, do Peru, guardou nosso carro no Paraguai e entrou ilegal no Chile. Seu esporte predileto tem sido juntar llamas e ovelhas. O dia mais feliz de sua vida foi o ano novo na argentina onde todas as barracas faziam churrasco ao mesmo tempo. Alias, quase ganhou uma fucinheira por comer tudo que acha pela frente. Mas quando o carro quase ficou sem gasolina nao fiquei desesperada pq sabia que ele estava ali pra me dar protecao. E a noite, quando acordo no camping todo escuro pra ir ao banheiro e tenho medo do tarado, quem me acompanha e nunca me deixa so? Ernesto, el Pero Cabeza!

Mondo vino


Vamos com o carro lotado de vinho ( e 1 champagne tbem).Gracas a nossa passagem por
Tolombom, um povoadinho antes de chegar a Cafayate, onde vive um produtor de vinho que aparece no documentatio italiano Mondo Vino. Era um homem simples, humilde e encantador que produzia vinho artesanal. O Ro queria encontra-lo de qualquer forma. Perguntamos para as pessoas do povo se alguem sabia quem era o produtor que aparecia no documentario, mas claro que ninguem tinha ideia do que era documentario ou qualquer coisa do tipo. Aqui nao existe cinema, nao deve existir dvd tambem. Mas ai o ro lembrou do Luter King, o cachorro dele que tambem aparecia no filme. E entao as pessoas sabiam!!!! "Ah...vive logo ali". Chegamos, e la estava ele (e o Luter King tambem). O Ro passou a tarde conversando com ele, e provando os vinhos, claro! Maravilhoso! Aqui e o lugar do Torrontes e do Etchart. Sao maravilhosos e custam nada! compramos garrafas a 6 pesos. Ridiculo! Acho que por isso resolvemos passar o natal aqui!

As cidades e o deserto: vidas secas e felizes






Depois de passar pelas simpaticas cidades da argentina que fazem divisa com o Brasil e seguir em direcao ao norte, a paisagem verde vai dando espaco as montanhas e a um cenario mais arido, seco e quente. Chegamos no deserto! A verdade mesmo e que nos perdemos e acabamos andando 500 km para uma direcao que nao estava prevista, ops...faz parte!!! E aqui estamos em Tilcara, que como Cafayate, Pumamarca, Cachi, nasce no meio das montanhas, da terra seca, de um barro meio rosado. Sao cidades do deserto. Casinhas feitas de pau a pique, que aqui se chama adobe. As pessoas sao tranquilas como o lugar e a vida vai passando... daria pra passar um mes todo aqui.
Por isso passamos o Natal e agora o ano novo tambem. Nao estou preparada para deixar esta terra seca, mas cheia de guloseimas. Eu adoro esse calor e a cara da cidade. Mas meu cabelo virou uma palha seca, um sapezinho!

domingo, 17 de dezembro de 2006

Começa o Tour pela América Latina



Dá frio na barriga, mas a verdade é que chegou a hora de pegar a estrada! Está tudo pronto: coisas de camping, coisas do carro e coisas bizarras como o seguro do carro pra Bolívia e Peru, visto para Ernesto entrar nos países (cláaaaaro que ele vai!) e férias de 45 dias.